Rosas que
desabrochais,
Como os primeiros
amores,
Aos suaves
resplendores
Matinais;
Em vão ostentais, em
vão,
A vossa graça
suprema;
De pouco vale; é o
diadema
Da ilusão.
Em vão encheis de
aroma o ar da tarde;
Em vão abris o seio
úmido e fresco
Do sol nascente aos
beijos amorosos;
Em vão ornais a
fronte à meiga virgem;
Em vão, como penhor
de puro afeto,
Como um elo das
almas,
Passais do seio
amante ao seio amante;
Lá bate a hora
infausta
Em que é força
morrer; as folhas lindas
Perdem o viço da
manhã primeira,
As graças e o
perfume.
Rosas que sois
então? – Restos perdidos,
Folhas mortas que o
tempo esquece, e espalha
Brisa do inverno ou
mão indiferente.
Tal é o vosso
destino,
Ó filhas da
natureza;
Em que vos pese à
beleza,
Pereceis;
Mas, não... Se a mão
de um poeta
Vos cultiva agora, ó
rosas,
Mais vivas, mais
jubilosas,
Floresceis.
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